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ESTUDANTES DA COOPEDUCAR DEBATEM O TEMA BULLYING EM AULAS DE FILOSOFIA

Os alunos do Ensino Fundamental II da escola Coopeducar realizam uma série de reflexões e debates sobre o tema Bullying. O trabalho iniciou na primeira semana de março, organizado e promovido pela professora de filosofia das turmas, Rafaela Caliman.

Nesta quinta-feira, 15 de abril, a psicóloga Julia Zandonade, ex-aluna da Coopeducar, participou de um encontro com os alunos do segmento, como parte das ações, e falou sobre a importância do diálogo sobre o assunto. “Tivemos um momento muito acolhedor e produtivo. Abordamos o tema Bullying, que sempre foi muito importante e possui um impacto muito grande dentro do ambiente escolar. Durante nosso encontro, os alunos puderam expor seus sentimentos e se posicionar sobre o assunto de forma muito clara e consciente”, explicou Zandonade.

Para a aluna Gabriela Dalfior, do oitavo ano, o diálogo deve ser sempre aberto e sincero. “Acho muito importante tratar do Bullying na escola, pois o aluno pode se expressar durante uma conversa, como aconteceu comigo. O que ficou por muito tempo guardado dentro de mim, serviu de base para eu tomar coragem e falar sobre minha situação para a professora e para as outras pessoas, inclusive aquelas que praticavam bullying comigo”, explica a aluna, e conclui “Além disso, acho que é importante os professores saberem o que ocorre com os alunos”.

Para a especialista Julia Zandonade “é de extrema importância que a escola juntamente com a família esteja sempre reforçando a importância que existe em falar sobre assuntos que envolvem os sentimentos e as relações dos alunos. Dar vez e voz, para que as crianças e adolescente possam expressar suas opiniões sobre assuntos que os envolvem diretamente”, explica a psicóloga.

A professora Rafaela Caliman conta que “é sempre muito delicado para as escolas falar sobre esse assunto, mas é de extrema importância que se discuta de forma preventiva esse problema. Estou muito feliz com as discussões, depoimentos e propostas que surgiram dos debates durante as aulas”.

O estudante Arthur Figueiredo, do sexto ano, deixa sua reflexão sobre o assunto e destaca que "no bullying há uma imposição do agressor sobre a vítima para diminuí-la, e uma coisa muito importante a se levar em conta é que os pais devem dar atenção aos detalhes, aos indícios de que seu filho está sofrendo ou praticando bullying. O ato deve ser visto como uma doença porque pode levar até mesmo ao suicídio. É um assunto sério, então os pais devem procurar ajuda, e até um psicólogo, pois todas as pessoas devem ser atendidas por um especialista", conclui o estudante.

Ana Clara Andrade Amancio é estudante do nono ano da Coopeducar, ela destaca que uma das missões da escola enquanto instituição é formar cidadãos. “Isso quer dizer que ela [a escola] deve promover a tolerância, o respeito, a cooperação e o trabalho em equipe. É na escola que as crianças têm suas primeiras experiências em sociedade, por isso, abordar esse assunto ajuda o aluno a ter um parâmetro. Já sabemos que bullying é errado, mas falar sobre o que ele é, que consequências gera para o agressor e para a vítima, é de extrema importância. Essa educação deve vir de casa, da escola e da imprensa, de todos os lados”, conclui a aluna.

A professora Rafaela ressalta ainda que “Tenho consciência que o silêncio é um grande acelerador dos problemas causados pela prática de bullying. Oportunizar e dar voz aos estudantes nas aulas de filosofia sobre o assunto foi uma experiência rica e engrandecedora”.

Imagem da Galeria Encontro remoto com a psicóloga Júlia Zandonadi em 15/04